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Acesso à sala no Paço dos Duques de Bragança em Guimaráes, onde foi apresentado o estudo As indústiras criativas na Galiza e no Norte de Portugal: análise quantitativa. LeleSorribas.2012 |
O estudo As indústrias criativas na Galiza e no Norte de Portugal oferece os números de um sector, que a ambos os lados da fronteira, tem um comportamento mais positivo do que outros, é um sector estratégico nestes momentos, disse o diretor do Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial Galiza –Norte de Portugal (GNP-AECT).
O estudo foi apresentado a passada semana em duas sessões, uma na Cidade da Cultura de Galiza em Santiago de Compostela e outra na Cidade Européia da Cultura 2012, no Paço dos Duqes de Bragança em Guimarães. O sentido da celebração de duas sessões põe em valor o caráter transfronteiriço do estudo e as boas relações entre a Galiza e o Norte de Portugal. Anxo Lorenzo, secretário geral da cultura da Xunta de Galiza, comentou apostamos por abrir um espaço de partilha, uma faixa de colaboração nestas indústrias.
O evento celebrado em Guimarães foi enquadrado na programação da capitalidade européia da cultura, em palavras de Francisca Abreu, vereadora de cultura da Câmara Municipal de Guimarães, a capitalidade é uma oportunidade para a criatividade entrar em todos os espaços da vida, incluída a economia. Esta é uma oportunidade para atrair e fixar novas áreas de negócio para Guimarães.
Além dos resultados do estudo, que mostram que o setor emprega na Galiza o 2,17% da população e no Norte de Portugal o 3,55%, a apresentação quis oferecer chaves para o futuro desde a interpretação dos dados do tal estudo. “O estudo tenta tirar o valor efetivo e real das indústrias criativas”, afirmou Elvira Vieira, diretora da GNP-AECT. A faturação das indústrias criativas na Eurorregião é de 2.23 milhões de euros por ano, segundo os dados dos correspondentes registros mercantis de Galiza e Norte de Portugal.
Na sessão participaram Juan Carlos Fernández Fasero, diretor general de AGADIC; Ricardo Luz, vice-presidente da ADDICT; Adolfo Neira, consultor; Luís Braga da Cruz, presidente do conselho de administração da Fundação Serralves; e Isabel Neira, economista na Universidade de Santiago de Compostela. Todos os participantes coincidiram em asseverar que as indústrias criativas e culturais devem ser consideradas desde a perspectiva puramente empresarial para tirar rendimento econômico e para poder traduzir os dados em políticas públicas adequadas.
No remate do evento, Elvira Vieira encerrou a apresentação com umas palavras de estímulo, as indústrias criativas são um sector gerador de emprego e riqueza, não só por si próprias, mas também na integração com outros sectores.